domingo, 31 de janeiro de 2010

Galo versus Galo

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: Superesportes.com

Na tarde de forte calor desse domingo, o Atlético encarou o Tupi, de Juíz de Fora. Luxemburgo preferiu não levar Obina para o jogo. O ex-palmeirense, juntamente com Cáceres deve estrear na semana que vem, frente ao Ipatinga.

O Galo da capital entrou sem nenhum volante de marcação forte. Jonílson, que foi expulso no último jogo, deu lugar a Fabiano. Dessa forma, o genro de Luxa, juntamente com Correa (que ficou um pouco mais postado), Ricardinho e Evandro, davam muito movimento ao meio campo. Muriqui também buscava jogo, assim como Tardelli, que diversas vezes apareceu apertando a saída de bola do time interiorano.

A rotatividade que o setor ofensivo proporcionava, resultou em uma enorme posse de bola. A trave do inseguro goleiro Eládio chegou a balançar duas vezes, com Diego Tardelli. Contudo, quem abriu o placar foi o Galo Carijó. Róbson, aos 27, depois de cobrança de escanteio e falha de marcação da defesa.


FOTO: Globoesporte.com

O time de Luxa não se abateu, e quando já estava começando a ser vaiado por parte dos torcedores no Mineirão, conseguiu empatar, antes mesmo do intervalo. Evandro sofreu pênalti convertido por Tardelli.

O empate foi providencial para que o time voltasse com moral para a etapa final. A pressão atleticana continuava firme, e o técnico adversário, Leonardo Condé, fazia o correto: colocar o Tupi para jogar em contra-ataque.

Notando que o time, principalmente no meio-campo, já não rendia a mesma coisa do início da partida, luxa fez duas trocas: Saíram Fabiano e Evandro, e adentraram Renan Oliveira, juntamente com Marques, proporcionando um novo ânimo ao time da capital.

Nesse instante, Luxemburgo testava o 4-3-3 que vinha citando durante toda a semana. O esperado Obina ainda não era a estrela do trio, mas Marques, o ídolo da torcida, entrou com fome de garoto.

Não durou muito para que as mudanças fizessem efeito. Renan Oliveira sofreu falta na intermediária. Coelho cobrou de forma primorosa e marcou um belo gol. Atlético 2 a 1.

Com domínio e superioridade no placar, a torcida atleticana poderia achar que o jogo estava em mãos. Engano! O Tupi chegou ao empate, justamente pela principal jogada do time, o contragolpe. Róbson, em disparada, entrou na área e arrematou no canto. Carini conseguiu chegar à bola, mas Ademilson estava bem posicionado para pegar o rebote.

Mas na saída de bola, sem tempo para a torcida carijó comemorar, Muriqui tranquilizou a massa alvinegra. Werley em velocidade cruzou para o atacante marcar de joelhos. Era o desempate do Atlético, que manteve a boa postura em campo, até o fim do embate.


FOTO: LanceNet

O Atlético mostrou que tem um grupo forte, ao mesmo tempo em que o Tupi, jogando consciente, também mostrou a força do interior. Foi nítida a evolução na qualidade de jogo do time da capital mineira em comparação com a primeira partida. A tendência é melhorar ainda mais, principalmente depois da chegada de Cáceres, a versatilidade de Zé Luis e a imponência de Obina. Basta a torcida ter calma, e deixar o professor Luxemburgo trabalhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom post.Retratou bem o jogo e agora é esperar as estreias e um crescimento nitido pro galo.