Pablo Nogueira
As vésperas do maior confronto do futebol mineiro, a rodada que o antecedeu mostrou que nem tudo é o que parece ser. A vitória brilhante do Atlético sobre o Flamengo em pleno Maracanã, e a apertada vitória do Cruzeiro sobre o Ipatinga dentro de casa trazem de volta os mistérios que cercam um clássico. O maior deles, é descobrir quem leva a melhor. Então, alguém arrisca ?
Diriam alguns que será o Cruzeiro, melhor colocado na tabela e com um time mais qualificado. Outros, o Galo, capaz de calar mais de 70 mil corações rubro-negros com uma atuação épica, com pinta de reação. Os apaixonados não teriam problemas em arriscar um vencedor. O palpite vem do sangue. Já as testemunhas históricas dessa batalha sabem : o resultado de um clássico pode ser tão surpreendente quanto as emoções que os marcam .
Seria nostalgia demais não considerar os times atuais para analisar as expectativas do próximo domingo no Mineirão. Por mais que Reinaldo, Palhinha, Marcelo Ramos, Guilherme ou Marques tenham contribuído para deixar esse jogo mais difícil de ser opinado, o passado não entra em campo. É preciso cometer a indelicadeza de mandá-lo pra escanteio e analisar quem tem mais chances de sair com os três pontos da partida.
A rodada passada deu um nó na cabeça de muita gente. Resta saber se a goleada do Atlético em cima do Flamengo é evidências de um time que acordou pra vida, ou apenas fogo de palha. A verdade é que muitos jogadores que não estavam mostrando serviço começaram a mostrar. E isso vem desde o jogo contra o Palmeiras no Palestra Itália. Antes da infantil expulsão de Marques, o time mineiro conseguia equilibrar as ações do jogo e havia perdido até mesmo a chance de fazer gols. Fez um, e se não fosse a desvantagem numérica poderia ter barrado o então líder dentro de casa. Tem melhorado e pode melhor mais ainda. Terceiro colocado, quatro pontos a menos que o Grêmio e com um atacante de sorte em jogos contra o Galo. Esse é o Cruzeiro. E seria fácil acreditar no futuro dele para domingo, se o presente estivesse ajudando Guilherme, o dito jogador de sorte. Apesar de ser o artilheiro, o camisa nove não vem marcando, e quando não são os reservas, são os defensores quem tem balançado as redes no lugar dele. Diferente de Guilherme, o Cruzeiro está com sorte, aliás, Fábio está com sorte. Contra Sport e Ipatinga nos dois últimos jogos, ele salvou a pátria e evitou derrotas. Quando o goleiro é quem tem decidido jogos, há um sinal claro de que as coisas não vão bem. O Cruzeiro tem dado espaço para os adversários chegarem e sua qualidade tem caído jogo a jogo. Mas ainda assim, é o favorito para vencer a partida. Acertar o palpite no entanto, ainda não é tão fácil quanto tirar pirulito da boca de criança
Comunicado | Tirei o time de campo
Há 4 meses
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