sábado, 27 de setembro de 2008

A POLÍTICA DOS CLUBES

Pablo Nogueira
Leonardo Lobo



No entendimento do poeta Drummond, torcer para um time de futebol é uma atitude política. Drummond não se engana. Mas que isso, participar do futebol, seja jogando e principalmente dirigindo um clube, também não deixa de ser um ato político. Administrar com responsabilidade pode ser ainda mais importante do que ter grandes craques. Exemplo disso é o Corinthians, que mesmo campeão com jogadores como Tevez e Mascherano em 2005, era comandado por uma política nebulosa. Os craques foram embora, e aquele fantástico ano ficou na lembrança. Meses depois, a mesma diretoria não fez planos para o futuro e o time começou a sofrer sucessivas crises, até ser rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro.
Em contra-partida, seu arqui-rival São Paulo, tem aquela que se considera a mais bem estruturada política entre todos os grandes clubes do país. Com planejamento, investimento e respeito ao torcedor, o time do Morumbi conquistou nos últimos 16 anos, 21 títulos, com grande parte do elenco formado por jogadores longe de serem famosos. A especialidade de uma competente administração também pode estar em fabricar craques.
Muitas pessoas no entanto, consideram a política dos clubes, responsável apenas por formar times competitivos e gerar recursos, quando na verdade o papel de presidentes, diretores e conselheiros vai muito além disso. Todos eles precisam zelar por milhões de torcedores espalhados pelo Brasil, seja pela vibração que vem indiretamente ou o dinheiro que entra diretamente através das vendas de ingressos e camisas.Quando isso não acontece, a política dos clubes vira caso de polícia.
Foi o que aconteceu com Eurico Miranda em 2002. O então presidente do Vasco foi denunciado por desviar mais de 20 milhões de reais do clube carioca. As denúncias não foram as primeiras, nem mesmo as últimas, mas serviram para desgastar a imagem de Eurico. Hoje, ele está afastado do futebol após perder a eleição deste ano para o atual presidente Roberto Dinamite que herdou vários problemas num clube que atualmente luta contra o rebaixamento. Daí vem mais uma vez a prova de que quem não pratica a política dos clubes dentro da lei e do bom senso sofre drásticas conseqüências e deixa nos clubes um legado de muita vergonha.

2 comentários:

Pablo Nogueira disse...

ihjjhikjk

Unknown disse...

Sensacional, mestres! Bom ver que as discussões de sala já chegaram ao universo virtual! Abração! Maurício.